A atual diretoria assumiu em maio de 2015 com este compromisso e, sem falsa modéstia, vem até a data de hoje entregando tudo o que prometeu com grande êxito.
Caros Associados,
Na data de hoje, 29 de janeiro, a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social – ANMP, completa 15 anos de sua fundação.
Sua criação, em 2003, foi fruto do esforço de 420 pioneiros que perceberam que era necessário uma entidade representativa, nacional e que centralizasse os esforços da categoria em prol de uma carreira pública, forte e de Estado, em uma época onde 73% dos médicos no INSS eram terceirizados e nossos salários eram muito menos da metade dos vencimentos dos fiscais e procuradores.
Mal havia nascido, a ANMP enfrentou um grande desafio, com a manobra do governo petista que, traindo acertos prévios, queria transformar os Peritos Médicos em servidores “administrativos-técnicos com especialidade em medicina”, descaracterizando inclusive a própria profissão médica. Desse ataque surgiu a greve de 93 dias, a primeira do Governo Lula, que resultou na nossa primeira lei de carreira (MP 166 de 18 de fevereiro de 2004, sancionada na Lei 10.876 de 02 de junho de 2004). Se não fosse a ANMP, não teríamos carreira hoje em dia.
Com a Lei, vieram os grandes concursos de 2005 e 2006, o pulo salarial com a GDAMP e a resolução das filas com o sistema SABI e a DCB. Em 2008, chegamos a mais de 5.500 peritos ativos, nos aproximamos dos salários dos fiscais e auditores e as filas baixaram para menos de 30 dias em todo o Brasil. Graças à ANMP e sua atuação pioneira em prol dos Peritos Médicos e da Perícia Médica, foi possível obter esses resultados.
Tamanho sucesso não poderia passar em vão. De 2009 em diante, fomos alvos de uma verdadeira campanha de desmonte e destruição, por parte do Estado brasileiro, dominado à época por figuras que hoje em dia estampam diariamente as páginas policiais dos jornais e estão sendo presas ou investigadas por sua conduta improba nos anos em que dominaram a máquina pública.
Tivemos um exôdo de mais de 3.500 servidores por aposentadorias ou exonerações, cujos concursos de 2010 e 2011 não foram capazes de repor, perdas salariais, engessamento de atividades e um estímulo à liberação de benefícios previdenciários como forma de “bolsa-INSS” através de normas frouxas, ausência de fiscalização e, inclusive, estímulo da via judicial como meio de obtenção de benefícios, além do retorno da terceirização, a partir de 2010.
Em 2015, estávamos perto da extinção como entidade e como carreira, após 6 anos de duros e sistemáticos ataques. Foi neste momento que a categoria percebeu que era necessário mudar, era necessário renascer a ANMP e a carreira, para nos salvarmos da extinção, tal qual em 2003.
A atual diretoria assumiu em maio de 2015 com este compromisso e, sem falsa modéstia, vem até a data de hoje entregando tudo o que prometeu com grande êxito. Salvamos a carreira da extinção, lideramos a maior greve da história de todo o serviço público (165 dias entre 2015 e 2016) com reposição integral dos cortes salariais, conseguimos o acordo do aumento em 4 anos, impedimos que o governo descumprisse o acordo salarial, conseguimos instituir a hierarquização médico pericial no INSS , que dão à categoria o controle de suas atividades através da DIRSAT;conseguimos, com sólidos argumentos e estudos técnicos, convencer o governo da necessidade de várias medidas de gestão e eficiência que são, nesse momento, o maior programa de austeridade e eficiência do Governo Federal, como o BILD, o Governança e, agora, o PGAMP, libertando a categoria das amarras eletrônicas do SISREF em prol da produtividade/eficiência, sem falar em dezenas e dezenas de ações menores que trouxeram grande impacto, como o fim do PR, o fim da CRER, a redução da agenda para 15 pontos em todo o país, dentre outros.
A ANMP também se mostrou vital para os aposentados, pois além das conquistas, sendo a mais recente de todas, a equiparação da GDAPMP com os colegas da ativa, a ANMP protege os interesses dos aposentados como em dezenas de casos onde conseguiram um cálculo melhor de seu vencimento e impediu que tivessem sua aposentadoria cassada por ações equivocadas do RH. Infelizmente peritos aposentados que não eram sócios não puderam desfrutar dessa segurança e tiveram ao longo dos últimos anos suas aposentadorias cassadas e precisaram retornar à ativa.
Tal sucesso só pode ser obtido pois a ANMP tem a força e o respaldo de seus associados e, com essa união, consegue executar com eficiência o trabalho sindical, político e administrativo necessário para a defesa da categoria.
Nesse momento é fundamental ressaltar a importância do associativismo para a categoria e para o Perito Médico, individualmente. Sem o associativismo, não seríamos nada, não teríamos nada. O Perito Médico que ainda não é sócio da ANMP está sozinho em um mar de hostilidades e tempestades. Pode até desfrutar de algumas conquistas coletivas, mas ficará sozinho quando tiver suas prerrogativas individuais atacadas.
Aos 15 anos, a ANMP ainda tem muito a fazer pela categoria, pois as conquistas exigem vigilância permanente e ainda faltam muitos degraus a subir. O Perito Médico não ganha apenas segurança corporativa, ganha a força da ANMP na defesa de seus interesses.
Parabéns a todos os associados.
Parabéns à ANMP.
Francisco Eduardo Cardoso Alves – Diretor Presidente
Samuel Abranques de Oliveira – Diretor Tesoureiro
Luiz Carlos de Teive Argolo – Diretor Vice Presidente
Marcia Andrade Prado – Diretor Primeiro Secretário
Miroslau Bailak – Diretor Segundo Secretário
Ena Maria Albuquerque da Paz – Conselheiro Fiscal
Regina Célia do Nascimento Rodrigues Alves – Conselheiro Fiscal
Clarissa Coelho Bassin – Conselheiro Fiscal
Ricardo Augusto – Conselheiro Fiscal Suplente
Edriene Barros Teixeira – Conselheiro Fiscal Suplente
Alexandre Teixeira Gripp – Conselheiro Fiscal Suplente