Nos últimos dias, a ANMP tem recebido diversos relatos de Peritos Médicos Federais que aderiram ao programa de bonificação, decidiram não participar da greve e tentaram cumprir os parâmetros desproporcionais do novo Programa de Gestão e Desempenho (PGD), sem êxito.
À exceção daqueles poucos privilegiados que ocupam funções de gestão, todos os servidores que aceitaram o novo PGD estão sendo levados à completa exaustão física e mental.
Em virtude da permanente instabilidade dos sistemas e das várias outras situações imprevisíveis do cotidiano, aliado à inexistência de disponibilidade da meta nesses casos excepcionais, os Peritos Médicos Federais tornaram-se escravos de um sistema extenuante de trabalho.
Mesmo aqueles mais resistentes e que possuem maior facilidade na operação dos sistemas não têm suportado o aumento abusivo da carga de trabalho, pois se encontram constantemente compelidos a passarem as madrugadas tentando puxar tarefas de um repositório disfuncional.
O ápice do sacrifício individual foi verificado no caso de um Perito Médico Federal lotado em Belo Horizonte/MG que, ontem (02/12), após três meses de adesão ao novo PGD, viu-se totalmente debilitado e incapacitado de cumprir as metas e pediu exoneração do serviço público.
O acúmulo de ataques e assédios institucionais ao longo do último ano culminou nessa medida extrema. Para não se submeter mais a esse nível de violência, o colega optou por abandonar o cargo que lhe trazia tanto sofrimento.
Apesar de compreensível, a postura desse servidor poderia ter sido diferente. Ao invés de pedir exoneração, ele poderia ter aderido à greve nacional em curso para lutar contra essa coação infame.
Nas últimas semanas, vários Peritos Médicos Federais em situação semelhante decidiram ingressar na mobilização, especialmente pelo fato de não constatarem qualquer perspectiva de evolução fora do movimento.
É fundamental que todos os integrantes se unam imediatamente à greve e sinalizem seu repúdio inequívoco contra esse estado de estresse permanente que tomou conta da Perícia Médica Federal.
Não podemos mais aceitar esse nível de desvalorização e de desprezo!
Chega de assédio! Chega de violência! Chega de esgotamento físico e mental!
Pela manutenção das conquistas! Pelo respeito à nossa Carreira! Pela nossa saúde!
Avante PMF!
Diretoria da ANMP